As crises na criança tendem a ser mais leves e curtas que nos adultos. Isso, muitas vezes, leva familiares e professores a não acreditar na queixa, atribuindo tudo a manhas e preguiça.
A dica é prestar atenção! Durante a dor, a criança tende a se afastar um pouco das brincadeiras e a evitar atividade física como andar e correr, além da claridade e do barulho. “É comum a criança ter náuseas e vômitos. Ela acaba dormindo durante a dor e, após o sono, acordar como se nada tivesse acontecido”, afirma Dra. Thaís Villa, neurologista responsável pela Clínica de Cefaleias do HCor Neuro.
Pode ser hereditário!
Segundo ela, as crianças que iniciam o quadro normalmente têm um familiar próximo com enxaqueca, mais comumente a mãe. Nelas, as crises costumam estar associadas às variações hormonais, durante o ciclo menstrual. Por isso, o tratamento pode requerer um atendimento multiprofissional, incluindo um neurologista e ginecologista.
Enxaqueca
O primeiro passo para combater a enxaqueca é identificar seus gatilhos. Embora alguns sejam mais frequentes, eles podem variar. “Uma consulta sobre enxaqueca precisa ser longa e o paciente precisa ser ouvido com atenção em todas as suas queixas, pois o diagnóstico é clínico”, explica.
O objetivo é eliminar os gatilhos e, ao mesmo tempo, tornar o cérebro mais resistente a eles, com um tratamento medicamentoso preventivo. “A doença é genética: não tem cura, mas tem controle”, afirma.
Os 9 gatilhos mais comuns que podem desencadear a crise de enxaqueca são estresse, barulho, cheiro forte, claridade, atividade física praticada irregularmente, jejum prolongado, mudança de rotina de sono, álcool e mudanças hormonais da menstruação.
Fonte: Universo Jatoba