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A má qualidade do sono pode agravar as crises de dor de cabeça

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Será que damos a devida atenção ao problema? Será que não temos comportamentos que facilitam a manutenção das dores? Por outro lado, será que lutamos com todas as armas contra esse vilão? “Geralmente é fácil de reconhecer uma série de erros na condução e abordagem da dor em pessoas com dores de cabeça frequentes. Ajustes no dia-a-dia podem, se não trazer a cura, aliviar bastante a frequência e a intensidade do problema” , explica o neurologista Leandro Teles. (CRM SP-124984)

 

As alterações de humor, irritabilidade, comprometimento da capacidade de memória e aprendizado são algumas das consequências das noites mal dormidas. No entanto, muitas pessoas não conseguem associar suas queixas à qualidade do sono, que podem ser diagnosticadas como distúrbios. De acordo com a Dra. Thaís Rodrigues Villa, especialista da Sociedade Brasileira de Cefaleia, insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns, principalmente em mulheres adultas, e após os 50 anos de idade. A sonolência diurna excessiva, o bruxismo, o ronco e apneia do sono também são outros distúrbios de sono comuns na população.

Dormir bem traz mais produtividade e disposição para o dia a dia das pessoas. Contudo, o bom sono se tornou um desafio. As inúmeras atividades desempenhadas durante todo o dia, as horas gastas no transito e a correria do dia a dia implicam na redução das horas reservadas para uma boa noite de sono. Para manter o equilíbrio entre qualidade de vida, bem-estar e saúde, são recomendadas de 7 a 8 horas de sono por dia. “40% da população mundial apresentam algum tipo de distúrbio do sono”, afirma a Dra. Thaís Rodrigues Villa, neurologista membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Além dos problemas com o sono, quem passa mais de 15 dias por mês com dor de cabeça, há mais de três meses, deve ficar atento. Isso pode indicar cefaleia crônica, diagnosticada em 6% da população brasileira, sendo as mais comuns a enxaqueca crônica e a cefaleia do tipo tensional crônica. Uma pesquisa desenvolvida por cientistas na University of Bologna, na Itália, aponta que há relação entre as constantes dores de cabeças e as queixas de sono. Entre os pacientes com dor de cabeça crônica analisados no estudo, 67,7% apresentaram prevalência de insônia e em 42,9% foram identificados distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e/ou transtornos depressivos.

A identificação de distúrbios do sono, isoladamente ou em associação com depressão e ansiedade, é importante para impedir o agravamento das dores de cabeça em pacientes que já sofrem com enxaqueca e cefaleia do tipo tensional. Mais de dois terços das pessoas com cefaleia crônica apresentam transtornos psiquiátricos, principalmente de ansiedade e de humor. Nesse contexto, estudos investigam a associação entre a dor de cabeça crônica com a dificuldade para dormir e os transtornos psiquiátricos. A prevalência desses três fatores associados pode ser atribuída ao aumento da idade, principalmente em mulheres, nível de educação e baixa renda. Além disso, indivíduos com múltiplos sintomas também demonstram pior saúde mental e qualidade de vida.

Para a Dra. Thaís Villa, as cefaleias primárias e os distúrbios do sono costumam ser comorbidades, são sintomas ou doenças que ocorrem frequentemente no mesmo indivíduo, pois possuem mecanismos fisiopatológicos comuns. “E isso gera um círculo vicioso à medida que pacientes com cefaleias tem um sono pior e, consequentemente, noites mal dormidas também aumentam as crises de dor de cabeça,” reforça a neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia. O sono durante as crises de dor de cabeça pode aliviar os sintomas, porém a privação de sono tende a agravar a cefaleia. Dessa forma, esses pacientes precisam de um atendimento individualizado e cuidadoso que investigue os distúrbios do sono e psiquiátricos, os quais podem estar associados ao diagnóstico das cefaleias.

10 PRINCIPAIS ERROS DE QUEM TEM DOR DE CABEÇA

  1. Auto- medicação = erro número 1. Utilizar remédios sem prescrição e orientação de um médico. A utilização indiscriminada de uma série de analgésicos comuns leva a franca descompensação da frequência das crises. Cada caso é um caso! Existem inúmeras opções de medicamentos para cortar a dor e prevenir as dores, para cada organismo haverá um planejamento personalizado.
  2. Demorar muito para tomar o remédio = muito comum as pessoas esperarem a dor ficar muito forte para tomar a medicação prescrita para alívio do sintoma. Isso na maioria das vezes só dificulta a ação da medicação. Crises no começo respondem muito melhor à medicação, por isso não espere a dor ficar insuportável.
  3. Usar doses inadequadas de analgésicos = algumas vezes as dores que parecem mais resistentes aos medicamentos foram combatidas com doses inadequadas de medicamentos até corretos. É comum a utilização de medicamentos compostos, com subdoses de várias medicações, isso traz alívio mínimo e estimula o retorno da dor e o abuso de medicamentos, pois a melhora não se sustenta. Siga sempre as doses propostas pelo seu médico de confiança.
  4. Não mapear a dor = pessoas com dores de cabeça frequentes precisam mapear sua dor. A ferramenta ideal para isso é o DIÁRIO DE DOR. O paciente e o médico precisam conhecer intensamente a dinâmica da dor, em que parte do dia ocorre, em que época do mês, a duração do sintoma, a resposta às medidas propostas, a relação com o sono, o stress, as férias, as estações do ano, etc… Quanto mais informações melhor para corrigir o que desencadeia a dor e enfatizar aquilo que reduz a expressão.
  5. Atribuir a dor a causas equivocadas = é comum o atraso de diagnóstico ocorrer porque as pessoas atribuem a dor a causar equivocadas. Achar que a dor é causada por miopia, hipertensão e sinusite crônica são os erros mais comuns. O paciente com frequência passa por inúmeros especialistas antes de chegar ao neurologista e fazer um diagnóstico adequado da causa da dor e fazer um planejamento apropriado de controle.
  6. Não reconhecer sinais de alarme = algumas vezes os pacientes deixam passar alguns sinais clínicos que sugerem que a dor de cabeça é de causa mais grave e urgente e exige atendimento médico mais rápido. Por exemplo = dores que aparecem subitamente, já com intensidade alta; dores relacionadas a exercícios físicos ou atividade sexual; febre associado a dor; sintomas neurológicos como fraqueza, formigamentos, turvação visual, visão dupla, etc… .7- Não mudar os hábitos que levam a dor = o paciente com dor de cabeça crônica precisa estar disposto a alterar alguns hábitos = iniciar atividade física aeróbica regular, dieta balanceada e fracionada, rotina de sono adequada, redução de stress do dia-a-dia, etc… .
  7. Não fazer seguimento médico regular = a minoria dos paciente com dor de cabeça frequente procura ajuda especializada. Seja por temor de investigar o sintoma, seja por descrédito na possibilidade de um tratamento efetivo. O neurologista clínico ou mesmo o clínicos geral são os profissionais mais preparados para conduzir os casos de dor de cabeça.
  8. Temer medicamentos profiláticos = Muitas gente evita tomar os medicamentos preventivos (aquele que se toma diariamente para que a dor não venha) por medo de efeitos colaterais. Existe a crença de que eles são muito “fortes”, engordam, viciam ou mesmo que temos que tomar o resto do vida. Na verdade, a escolha do medicamento variará caso a caso, o uso por ser descontinuado após um tempo de controle da dor e muitos pode trazer, além do benefício de combate a dor em si, outros ajustes interessantes como regulação do sono, perda de peso, controle da ansiedade e depressão leve. Basta escolher junto com o seu médico a medicação que mais se adequa ao seu organismo.
  9. Se “acostumar” com a dor= pra encerrar a lista esse é o pior erro de todos. As pessoas acabam jogando a toalha e desistindo de tratar adequadamente a doença. Vivem sem qualidade de vida, perdem rendimento no trabalho, escola e tem prejuízos na vida social. Passa a ficar mal humorada e pode até evoluir para depressão, vive a base de analgésicos e pode acordar todo o dia com dor.